domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sensações


Noite de sábado de carnaval, quase domingo, e eu sozinho em casa curtindo o que de vez enquando me faz um bem danado: Encher a pança de guloseimas assistindo tv ou no pc, espalhar roupas e copos sujos por todos os comodos da casa, usar o volume do micro system na altura que quiser (geralmente bem alto), etc.. enfim, coisas que geralmente não seriam vistas como "politicamente corretas" se o meu irmão ou meus pais estivessem em casa.
Eu poderia estar em vários lugares nessa hora, mas a vontade de ficar em casa fazendo isso, junto com a chuva que não cessa, me fizeram ficar e curtir o momento. Até porque nesse instante eu só gostaria de estar em lugar em todo planeta que não fosse aqui fazendo isso...
Em certo momento enquanto eu tentava retomar a escrita de mais um livro daqueles que nunca termino - nem estava conseguindo, pois, Noemi, Rayssa, Axel e Nathália, diga-se de passagem, não respeitavamo status de "ocupado" no msn e sempre falavam algo me atrapalhando (obs: também não respeito o deles!) - que, tive uma idéia genial: Ir tomar banho de chuva. E foi o que fiz. Apenas de cueca fui até a varanda, e, enquanto os pingos frios de chuva tocavam meu corpo eu fazia alguns polichinelos tentando espantar o frio. A sensação era ótima, há muito tempo não fazia aquilo; a ultima vez tinha sido inesquecível. Mas não estava satisfeito, queria mais, queria poder fazer como criança: ir na rua, etc... e fui. Lá estava eu numa madrugada de domingo de carnaval, de cueca, no meio da rua pulando na chuva, olhando pro céu, sorrindo como uma criança - a sensação era exatamente essa. A cada barulho de carro eu corria para o portão de casa na tentativa de me esconder, depois voltava. E fui fundo; ia lembrando das coisas que fazia quando criança, e repetindo. Empurrava com os pés a água que se formava em poças, atolei meus pés na lama, peguei um pouco de areia molhada na palma da mão e senti seu cheiro, hummm.. há quanto tempo não sentia aquele cheiro! Era cheiro de brincadeira de criança. Ainda fiz mais algumas traquinagens e depois, de alma lavada, voltei para dentro de casa, leve como uma criança.

Uns podem pensar, "esse cara fumou maconha"; outros, "que viagem..."; e até há quem possa achar que isso tudo é balela; mas não é! São apenas sensações esquecidas dentro de mim que hoje em dia, sempre que posso, não abro mão de senti-las novamente. E recomendo!!
Bom carnaval para todos!

4 comentários:

Unknown disse...

É necessário que nunca percamos a essência de sermos criança,caso contrário a vida deixará de ser algo espontânea e passará a ser puramente mecânica...Flávio amoor parabéns pelo texto!!!!adooro vc

Mª Clara Ventura disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mª Clara Ventura disse...

Me lembrou daquela musica:''não se reprima,não se reprima,não se reprima,pode gritar'...''

Thaís . disse...

=)