quarta-feira, 9 de julho de 2008
Palavras, palavras, palavras...
Um certo dia uma amiga diz pro seu namorado (também meu amigo), "Não gostou mais de vc, nosso namoro não faz mais sentido. Não adiantar tentar..."
Só que um mês antes ela havia lhe mandado uma cartinha dizendo o seguinte:
"Não consigo me ver sem você. De uma forma incontrolável você faz parte de mim. Podemos ser mais, ter muito mais. Não gosto dos seus dramas, mas eles fazem parte de nós. Não suporto meus ataques, mas eles fazem parte de nós. Podemos melhorar pelo simples fato de desejarmos. Isso não é fácil. Assim como não é fácil ficar sem você. Não é fácil ficar sem te ver. Preciso de você, e isso tamém é incontrolável. Sou sua... e amo isso. Somos dois... dois em um. É o que desejo, espero e sei que vamos conseguir."
Que contradição, não?! Mas primeiro quero deixar claro que não é minha intenção expor a vida pessoal de ninguém aqui; mesmo às vezes sem querer expondo a minha. Pego esse caso apenas para exemplificar uma situação que, infelizmente, se tornou corriqueira nos dias de hoje. As pessoas falam impulsivamente coisas dais quais não tem certeza, prometem sem saber se são capazes de cumprir, ou, simplesmente, falam por conveniência, sem medir o peso e a importância do que dizem. Palavras tem poder... podem derrubar governos, transformar pessoas, acabar com dias ensolarados, encher a vida de alegria! Há um trecho bíblico que diz, "não é o que entra pela boca do homem que o contamina, mas o que sai". Bela frase! E mesmo o sentido dela ser outro, ela pode servir pra vários... E, por favor, não me interpretem mal, não acho errado as pessoas declararem seu amor, pelo contrário, acho imprescíndivel que façamos isso, mas tudo tem seu momento, seu contexto, e seu peso certo. E mesmo tendo medo de prejulgar minha amiga - mesmo sentindo que talvez já esteja -, mas, alguém que diz que se declara com tanta força, veemência e amor, certamente não perderia isso pelos próximos duzentos anos; ou mesmo, não desistiria desse amor por nada.
Moral da história: Bacana mesmo é quando alguém de poucas palavras (que fala pouco, mas fala de verdade, sem o coração titubear) nos diz algo do tipo "gosto da sua companhia", ou "sinto sua falta"; muito melhor que esses "eu te amo" que ouvimos por aí, ou pior, que às vezes nós mesmo dizemos!
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5 comentários:
Palavras pequenas, palavras, momentos...
Mas a gente segue em frente... Um dia quem sabe o tão sonhado dia chega, huh? ^^'
[]'z
Nossa o amor nessa hora se tornou fútil.
Pois é
só dizer que ama quando realmente amar,só falar que vai quando já tiver confirmado sua partida.Enfim,nada de falar por impulso.As palavras ferem,nos comprometem e nos destroem também.
hmmm, creio que o "amor" esteja em cada um. de formas diferentes. leviano? talvez... precipitado? se comparamos a algo. e com outra otica, tudo tem um fim. ate mesmo o amor! por incrivel que pareca, o amor acaba. (mas tambem pode ser pra sempre, vai saber... hehehe)
Poxa.. q coisa..
Tu ja viu a nova propaganda da serenata de amor? http://www.youtube.com/watch?v=XVrJ0C-IGL0
Tira a parte final da propaganda (que é realmente a propaganda) e repara no inicio. É bem assim mesmo.. a gente nao sabe dizer qndo começa "a amar" e tb nao sabe qndo pode "deixar de amar", apenas acontece. Mas realmente, em tempos de coisas e utensilios descartaveis e de mercantilização do amor, os companheiros tb sao descartaveis. "Joge fora e escolha outro". As pessoas simplesmente nao têm mais paciencia pra aprender a conviver com o diferente.. =/
um dos meus prediletos!
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