quarta-feira, 2 de julho de 2008
Medo da mediocridade - Parte I
Quando me perguntam, "e aí, quando pensa em casar?", ou respondo - brincando - , "vou usar a resposta que o Mario Quintana dava aos jornalistas quando pergutavam o por quê dele nunca ter casado: 'prefiro ver dezenas de mulheres esperançosas que uma só desiludida' ou digo que só vou pensar nisso após os quarenta - daí já como verdade.
Sinceramente, não perco meu tempo pensando nisso. Acredito na supremacia da espontaneidade das coisas, na particularidade do momento certo de cada pessoa; ou casal. Mas agora, por uma série de motivos, me pus a refletir sobre o assunto. Comparo situações, imagino que poderia a certa altura da vida me acostumar com alguém; alguém a qual eu tivesse admiração, que me fizesse bem, a qual tivéssemos um relacionamento tranquilo, com muitas alegrias no cotidiano e poucas coisas a lamentar. Mas, se por outro lado isso não fosse algum tipo de acomodação sentimental? Pior ainda, se estivesse mesmo achando que aquele fosse o relacionamento ideal para se compartilhar uma vida? Acho que muitas pessoas pensam assim, se acostumam com um bom relacionamento, daquele tipo que é bom e tranquilo, e constroem em cima dele seu futuro. E se eles estiverem certos? E se um grande amor for isso, "ter uma grande companheira(o) ao seu lado, como uma parceria comercial onde cada um busque apenas bons resultados para ambas as partes?". E se grandes emoções, paixões, amor, se assim for, sempre vierem acompanhados de grandes frustrações, ou brigas, ou diferenças, ou altos e baixos? Quem levará a melhor? Pela paz e alegria que um casamento deve trazer, a primeira opção deve ser a verdadeira.
Mas se eu estiver analisando a situação apenas com meu - como dividiu Freud - "super-ego" e estiver deixando "Ide" de lado? Certa vez o médico e escritor Roberto Shinyashiki disse que percebeu que uma das três coisas pelas quais os pacientes terminais mais se lamentavam em seus leitos de morte era não ter amado o grande amor de sua vida, não ter lutado o bastante por isso. E o autor completou: "O amor não é coisa para covardes... se você ficar em casa parado e não ir em busca (lutar) do grande amor da sua vida, o único desafio que terá é de escolher o sabor da pizza e o único risco que correrá é o de se apaixonar pelo entregador!"
Enfim, talvez seja melhor correr o risco de viver uma grande frustração e ter tempo para recomeçar - quantas vezes for preciso -, do que morrer frustrado sem tempo para mais nada a não ser lamentar; olhar para trás e se deparar com uma vida medíocre!
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7 comentários:
mas chega uma hora que a luta se torna cansativa,principalmente quando o outro lado faz muito doce.
acabamos indo pra outra e aquele percebe o que perdeu.
sEMpre assim que procedem os amores
adorei seu comentáriio viu
hehehehe
"E se um grande amor for isso, "ter uma grande companheira(o) ao seu lado, como uma parceria comercial onde cada um busque apenas bons resultados para ambas as partes?". E se grandes emoções, paixões, amor, se assim for, sempre vierem acompanhados de grandes frustrações, ou brigas, ou diferenças, ou altos e baixos? Quem levará a melhor? Pela paz e alegria que um casamento deve trazer, a primeira opção deve ser a verdadeira"
Homi, junta tudo! rs
Imagino q um belo dia a gente simplesmente se dá conta q acordar com "aquela" pessoa do lado nos torna mais feliz do que acordar sozinha..
ai ai, o amor..
;)
PS.: Quero ver a parte II, III, IV..
Sabe o que é o Amor?
"uma florzinha roxa que nasce no coração dos trouxas"
xD
Vc tem coorência e sensatez em escrever. Mas pense: Nem sempre amar significa frusta-se. Sua amiga THAIS TEM TODA RAZÃO.E o amor tem razões que as proprias razões desconheçe. Junta tudo.KKK
Legal seu blog Rodrigo.Gostei de vim aqui. Vou vim outras vzes.
Abraços.
OPS.... DESCULPE, FLAVIO.
LHE CHAMEI DE RODRIGO.
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